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Mário Fonseca

Biografia

Nasceu em Petrópolis no dia 02 de agosto de 1913, filho de Antonio Fonseca e Angelina Mercaldo Fonseca. Médico. Dotado de excelente oratória. Publicou uma infinidade de livros.  Faleceu no dia 08 de março de 1997. Dirigiu, durante vários anos os antigos Sanatórios D. Pedro e Monte Alegre, em Corrêas e organizou e dirigiu o Serviço Médico do Sindicato dos Trabalhadores de Petrópolis. 

Deputado Estadual por duas legislaturas, tendo sido Vice-Presidente da Constituinte de 1947, líder de bancada, Presidente da Comissão de Saúde Presidente da Comissão de Educação. Militou na imprensa de Petrópolis, desde 1932 o que perdurou até seu falecimento. Foi membro da Academia Petropolitana de Letras, onde ocupou a Cadeira nº 23, havendo sido, durante quatro anos presidente desse sodalício. Foi membro correspondente das Academias Fluminense e Sergipana de Letras e da Academia de Filosofia, Ciências e Letras de Anápolis, Goiás. Integrou e foi Membro da Sociedade Brasileira de Médicos Escritores. Membro efetivo da Academia Petropolitana de Educação, cadeira nº. 1 e da Academia Brasileira de Poesia ´- Casa Raul de Leoni, cadeira nº 21. Exerceu as funções de Membro do Conselho Municipal de Cultura, Presidente da Aliança Francesa, secção de Petrópolis. Foi Professor, registrado no M. E. C., de Filosofia, Sociologia e Psicologia. Ex-Diretor do Departamento de Cultura da Secretaria de Educação Cultura da Prefeitura Municipal de Petrópolis. Em 1943, por ocasião da 2ª Guerra Mundial, apresentou-se como voluntário, servindo como aspirante no 1º B. C. Fez o curso de Medicina Militar. Deu baixa como 2º Tenente. Realizou inúmeras conferências no Centro de Estudos Oswaldo Cruz, Academia Petropolitana de Letras, Academia de Ciências, Academia Petropolitana de Educação, Seminários de História Fluminense, no ISCUF, Women’s Club, CENIP, UCP, Liceu Municipal e etc. Trabalhos publicados: “Impressões de Viagem” e “Coletânea” – crônicas. “Sol Ardente”, ”Variações e Poemas de Amor, “Rubro Cinza”, “Poemas de Amor” – poesias. “Ciranda” _trovas. A Cadeira nº 23 da Academia e “O poeta Reinaldo Chaves – conferências. “Bazar – contos, crônicas e reminiscências, O Julgamento de Deus· (teatro).

MOCIDADE

Mata com um novo amor o teu amor antigo!
Sufoca no teu peito a mágoa que perdura!
Tu és o cavaleiro à cata de aventura,
eu sou a mocidade, eu andarei contigo!

Não fique a cismar. A cisma é uma loucura
que te perturba a vida, e a vida , meu amigo,
é um misto de prazer, de gozo e de perigo…
Mas pensa com firmeza na mulher futura!

Sacode as energias, anda para a frente!
Há sempre uma mulher que anseia ser beijada,
que, louca, fica à espera de um carinho ardente!

Escolhe outra aventura, prossegue a jornada!
E sentirás então, por esse amor recente,
maior encanto que pela mulher passada!

(TROVAS)

A vida é caminho vário
a que o destino conduz…
– Sobe-se sempre um calvário,
o prêmio é sempre uma cruz!

Há gente cujo despeito
se apresenta tão profundo,
que parece ter no peito
todo o rancor deste mundo…

Ando pálido, sem cor,
alma triste, combalida…
– Fui medir o meu amor,
– vi que amava sem medida…

Noite gelada de inverno…
Mesmo havendo um frio assim,
é mais frio, mais gelado,
teu sentimento por mim…

Muitas vezes é preciso
enganar a toda gente,
– pois só revela juízo
quem não demonstra o que sente!…

E A VIDA CONTINUA…

Não sei por que…Mas, quando, antigamente,
teus lábios eu beijava, alucinado,
sentia, no teu beijo, um gosto quente
e o corpo meu fremia, apaixonado…

E tudo se mostrava absorvente…
Meu cérebro escaldava de abrasado…
Era uma vibração bem diferente,
era um prazer intenso e renomado…

O gozo era infindável, eu pensava…
Os beijos se trocavam com loucura…
Meu corpo, com avidez, o teu, buscava…

E a vida, caprichosa, continuou…
Ainda hoje eu busco uma aventura
que apague essa impressão que me ficou…