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Angelo Antônio Romero Dantas

Biografia

Em 1954 fundou o Grupo Teatral Amigo das Artes;                                   

 Em 1960 criou o conjunto The Lord´s (mímica-dublagem). Por dois anos consecutivos o Conjunto foi eleito o melhor do ano em sua categoria, pelo programa “Hoje é dia de Rock” da Rádio Mayrink Veiga. Excursionou com sucesso pelas principais capitais do país, exibindo-se em emissoras de TV e de Rádio, Clubes e Casas Noturnas;

Estreou em teatro profissional em São Paulo, em 1964, como ator-atração da peça “Larga Brasa” para a Cia. Silva Filho;                                                                            

Ainda em 64, para a mesma Companhia e no mesmo teatro, estreou como autor da peça “Cassação de Mulheres”;    

De 1973 a 1974, foi administrador artístico da Cia. Teatral Colé/Silva Filho com temporada no Teatro Carlos Gomes, no Rio de Janeiro. Nesse período, além da função de administrador, exerceu as funções de coautor, ator, ensaiador e músico (bateria); tendo ainda escrito, dirigido e apresentado as peças – “Só na Coluna do Meio” e “De Costa a Coisa Vai”;                  

Na década de 80, foi assistente de produção da novela “Tempo de Viver” (TV Tupi) do programa Moacir Franco Show e teve participação como ator nas novelas globais: “O Casarão” e “Locomotivas”. Ainda nessa década, foi coautor, apresentador e entrevistador do programa radiofônico “Capital Bom Dia”, para a Rádio Capital, e dublador de alguns filmes para a televisão;

Em 1990 criou a empresa ARTENATIVA Produções Artísticas Ltda., com escritório na Cinelândia – Rio Janeiro, tendo como objetivos principais a montagem de espetáculos musicais e teatrais, e revelação de talentos;                                                                

Ao se aposentar em 1991, reinaugurou uma boate em Petrópolis e a ela deu o nome de “Steel Power”. Seis meses depois, ao lado da boate, inaugurou o bar performático “Kansas City”;   

Em 2003 inaugurou, nos fundos de sua residência, o Centro Cultural e o Teatro Abelardo Romero. Já tendo escrito, dirigido e apresentado, até a presente data, as peças “Coroação de Miss Coroa”, “Teatro em Gotas e o Herdeiro”;                                      

Em 2007 lançou o “Boletim Cultural Carlito´s News” com distribuição dirigida aos associados do Centro Cultural;                                                                                           

Em 2007 recebeu o prêmio especial do júri por texto e direção da cena “O Chá das Amigas”, para a 5ª Mostra Minimalista de Teatro de Petrópolis;                                             

Em 2007 recebeu título de Acadêmico e foi empossado como membro titular da Academia Brasileira de Poesia – Casa de Raul de Leoni;                                                      

Em 2010 recebeu o Prêmio “Reynaldo Chaves”, como personalidade do ano em “Artes Cênicas”;

Em foi eleito e empossado como membro titular da Academia Petropolitana de Letras.           

 Em 2012 recebeu o Prêmio “João Roberto D’Escragnolle”, pelo Conjunto de Obras Literárias;

Em 2013 assumiu a Diretoria de Cultura da Academia Brasileira de Poesia – Casa Raul de Leoni;       

Escreveu trinta e três peças, das quais oito já foram encenadas em grandes teatros no Rio de Janeiro e Petrópolis.     

SEMPRE CRIANÇA
 
Quando sinto que não vou ver
o que gostaria de ver,
olho para uma criança.
 
Quando sinto que não vou fazer
o que gostaria de fazer,
olho para um criança.
 
Quando sinto que o tempo é curto,
para uma longa caminhada,
vou visitar minha mãe.
 
Filho é sempre criança.
PÁSSARO CATIVO
 
Já fui pássaro,
livre pássaro!
Lutava para comer,
mas cantava livremente
meu canto de liberdade.
 
Hoje,
pássaro de gaiola.
Meus donos me dão de comer:
tudo do bom, do melhor,
e eu canto para eles
meu canto prisioneiro.

NINGUÉM MORRE DE UMA VEZ

Eu morro em cada recordação,
em cada decepção
e em toda vez que digo adeus.
Morro sempre quando passo
nos lugares que vivi,
que conheci.
Sempre morro recordando
os amores que perdi.
Ninguém morre de repente.
Nas ausências tão sentidas,
nas esperanças perdidas,
nós morremos
lentamente.

DESENCONTRO PONTUAL
 
Quando tudo da certo,
a palavra é substituída
pelo gesto.
 
O olhar fala sem tropeçar
e as carícias
põem boca nas mãos.
 
O silêncio é barulhento
e complexo
na hora do sexo.
 
Mas, quando o amor acaba
e os gestos emudecem,
muito se tem a dizer, ou calar.
 
A palavra falada, esclarece,
mas fere a alma carente.
Explicar o inexplicável não convence.
 
Um encontro é marcado
com fria antecedência
de crime premeditado.
 
Havia urgência, e daí?
Você não foi,
não fui também.
 
E afinal,
por que chorar
um desencontro pontual?
TERRA MÃE
 
Colhi fruta saborosa,
com sabor já esquecido,
de uma árvores frondosa,
filha da terra,
mãe pródiga
e de pai desconhecido.

DEDICATÓRIA

Quando estiver branco o teu cabelo
e desbotada esta linha,
lembra:
– Quando a escrevi, julgava-me teu;
quando a leste, julgavas-te minha.