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Florisvaldo França

Biografia

Contabilista, Professor, Advogado e Poeta.
Nascido em Petrópolis em 23 de setembro de 1932, casado em segundas núpcias com Jacyra Naliato França.
Concluiu, em 1963, seus estudos de 1º grau (5ª à 8ª série) no Colégio Estadual Irmã Cecília Jardim, na época, Ginásio Estadual de Cascatinha.
Em 1966 concluiu seus estudos de 2º grau (Técnico em Contabilidade) no Liceu Municipal Prefeito Cordolino José Ambrósio, para onde posteriormente, voltaria como professor.

Em 1978 concluiu no antigo Instituto Carlos Alberto Werneck seu Curso de Formação de Professores do Ensino Técnico Comercial, com complementação de Pedagogia.
Em 1971, concluiu seu Bacharelado de Direito na Faculdade de Direito da Universidade Católica de Petrópolis.
Durante 10 anos (1980 a 1990) de Contabilista nas áreas de escrituração, abertura e baixa de firmas, com especialização na área de Imposto de Renda Pessoas Física e Jurídica.
Lecionou em várias instituições de ensino particular de Petrópolis, tais como EPA, BIBLOS e ISPA e outros.
Exerceu a profissão de Contabilista, regularmente inscrito no CRC-RJ, na área de Imposto de Renda.
Aposentado como contabilista e professor, exerceu ainda a advocacia na área civil na especialidade de Direito Imobiliário.
Músico instrumentista (cavaquinho) e executor do chorinho, devotou grande parte de seu tempo pesquisando Pixinguinha e Jacob do Bandolim.
A partir de 1990, dedicou-se com obstinada paixão à poesia.

“Tributo”

(A Alzemiro Bertamé, invejável intérprete de Jacob do Bandolim)

No peito, as mãos que cordas afagaram,
Do bandolim, que agora jaz inerte…
Não há dor maior, saudade que desperte,
Que a dos acordes que não mais soaram!

Velhos saraus, ornados de chorinhos,
Que desferiam suas hábeis mãos.
Foram colchetes, pausas e refrãos
Que atapetaram teus longos caminhos.

Reverberavam teus cabelos brancos,
Mudando em risos tudo que eram prantos,
Rememoravas choros e valsinhas.

A tua lembrança soa em cada corda,
E a tua ausência, o que mais recorda
É o teu carisma e o talento que tinhas.

“Voo sem volta…” – (Tininho)

(Ao meu canário “Tininho”)

Calaste o vento e a natureza
Humildemente te reverencia.
Morre uma orquestra rica em melodia,
Tudo se rende à tua realeza.

Chorei ao ver-te, inerte, na gaiola
E a tua ausência agora será pranto,
Que da minha vida, rouba todo o encanto,
Pois não te tendo, nada me consola.

Morreu contigo a doce melodia
E o canto alegre das manhãs de sol.
Não cantas mais as pompas do arrebol!
Que anunciavas ao raiar do dia.

Como pudeste em tão curta vida,
Multiplicar-me da existência os dias?
Sopraste a luz de minhas alegrias,
Que se apagou na tua despedida.

Quadras para um gênio

(A Sylvio Adalberto)

No limiar da vida explode-te o talento
E a timidez, que esconder, não consegues.
Trazes na alma o dom da poesia,
Cujo caminho explendoroso , segues.

Vertem-te lágrimas, sem cobrir-te o rosto,
Pois nele aflora a genialidade.
Cedo, da fama, experimentaste o gosto;
Te abraça, assim, a imortalidade.

Ternas lembranças te povoam os dias,
Cheios de versos que, ao pronunciar, te inflamas.
Harpas de ouro desferem melodias,
Glorificando as letras a que tanto amas.

Quão comovido, tu silente, ouvias
Quando com honras, te contavam a história.
Com privilégios nobres e justas honrarias
Tomaste assento no lugar da glória.