AS CIDADES MORTAS
As cidades, todas as cidades
são uma só cidade
cheias da miséria dos habitantes
o vento frio e gélido cortando
seus ossos, enquanto tentam
abrir caminho entre ratos humanos
As cidades, todas as cidades
são uma só cidade
e quem caminha por suas ruas
são muitos, díspares entre si
mas tornados iguais pelo
sopro gélido do concreto
As cidades, todas as cidades
são uma só cidade
um dia você está andando e
de repente
SATORI!
(cara, o que é que eu estou fazendo aqui?!)
As cidades, todas as cidades
são uma só cidade
e seus subterrâneos continuarão
inundados por dejetos humanos
que por ali chafurdam e
cada vez mais, se afundam
E outras cidades surgirão
no fim, todas acabarão
sendo só mais uma cidade
todas idealizadas
por visionários imbecis
que as fundam
DE OLHOS BEM ABERTOS
por Márcio Salerno
O QUE devemos querer da vida? O que podemos esperar da mesma, nestes tempos de dengue, tráfico de drogas, desastres rodoviários e pais suspeitos de matarem filhos e filhas que mal chegaram à idade de começar a entender as premissas mais básicas da existência humana neste planeta?
A filosofia e seus seguidores oferecem várias respostas, a maioria delas oculta em postulados às vezes muito complicados para a compreensão do homem comum, mesmo oferecida a este a preços bem acessíveis, em livros de bolso rodados em papel jornal. A iniciativa é ótima, e que as editoras continuem a fazer isso amiúde! Entretanto, a compreensão dos textos ainda fica a cargo de explicações de terceiros, as cartas número cinco dos grandes arcanos do Tarot, ou seja, o Hierofante. Que, às vezes, pode não ser exatamente um bom exemplo a ser seguido.
As religiões também oferecem, senão explicações a respeito da vida e como vivê-la, modos que consideram os mais seguros de empreender a aventura, além de oferecerem ícones de homens e mulheres que por aqui estiveram antes de nós e que, de uma maneira ou outra, abriram suas picadas em meio às trevas e florestas densas da existência. O problema é que elas se multiplicam em progressão geométrica, são tantas que uma odeia a outra, sem que seus porta-vozes parem para pensar que, afinal, o ser humano precisa de muito pouco para viver seu dia-a-dia. Água, comida, roupas, um lugar para “crash in” à noite. Tudo o mais são especulações filosófico-religiosas.
Os agnósticos não são diferentes dos outros seres humanos e têm as mesmas necessidades básicas. Entretanto, o fato de não seguirem nenhuma corrente da segunda acaba por levá-los a um impasse que, cedo ou tarde, se fará presente em suas vidas, como um grande ponto de interrogação. Afinal, se ninguém é responsável pela presença de cada um de nós no planeta, se, como afirmou o escritor de ficção científica Clifford D. Simak em seu conto As Respostas, “o universo não tem razão de ser, o universo simplesmente aconteceu” e “a vida não tem significado, a vida é uma casualidade”, por que, então, aquela angústia terrível se nos abate tão frequentemente? De onde vem tal angústia, uma vez que não há nada nem acima nem abaixo de nós, quer dizer, surgimos aqui por acaso e temos apenas de ir empurrando, até alcançarmos outro plano?
Se esta angústia está presente, isto quer dizer que lá no fundo, no inconsciente coletivo, conforme definido por Carl G. Jung, nosso ser sabe de alguma coisa que, hoje, nos faz falta. Se esta coisa for denominada Deus, o Grande Arquiteto, o Mestre do Universo, o Tao-te Ching, não importa. Ela está lá, sempre esteve, desde que descemos das árvores e nos ocultamos em cavernas. Sói, apenas, que a desencavemos de nosso interior.
Este satori,entretanto, não é facilmente encontrável a nosso bel-prazer. Esta palavra designa aquilo que podemos chamar de “chute no olho”. Não pense nisto como um acidente, caso você esteja jogando futebol e, ao levar um tombo, acabar sendo atingido nos olhos pela chuteira de um adversário, se bem que o efeito, de acordo com os zen-budistas, é mais ou menos por aí, com a vantagem de ser indolor.
Imagine que você está por volta dos trinta anos e cresceu de acordo com dogmas filosófico-religiosos impostos por sua família e pela igreja, ou templo, ou culto, que freqüentava. Segundo estes dogmas, a obrigação do homem na Terra é crescer e multiplicar-se. Quer dizer, não há outra hipótese. O indivíduo tem obrigação de procurar uma companheira, ter pelo menos um filho com ela e deixar a roda do destino seguir seu giro interminável.
Entretanto, um dia você vinha caminhando pela rua e, de repente, sem que sequer estivesse pensando no assunto, um pensamento causa um frio em seu estômago, frio este que teve origem no cérebro. Seus olhos imediatamente se arregalam de espanto e você percebe, pela primeira vez, que não era isso o que queria, que ter mulher e filhos para sustentar não lhe traz nenhuma felicidade! Este é um exemplo do “chute no olho”, mas há muitos outros. Entretanto, o que está feito está feito e, agora, é tarde para se arrepender.
Se muitos pais tivessem experimentando esta espécie de satori mais cedo em suas vidas, possivelmente não veríamos tantas barbaridades nas páginas de jornais e noticiários. Há pessoas que se dão muito bem à frente de uma família. Outras, não querem nem ouvir falar nisso. Esta segunda opção, entretanto, é vista por nossa sociedade como um pecado imperdoável, o que também é um absurdo. Não há lei física ou espiritual que afirme que o indivíduo tem obrigação de ser gregário. Alguns gostam de se reunir com amigos para beber cerveja e ver futebol. Outros estão à vontade em um cantinho qualquer, onde possam se dedicar à leitura, à escrita, ao desenho, ou qualquer outra atividade solitária que lhes dê prazer.
Isto tudo é tabu no seio da sociedade, e deve continuar assim por muito mais tempo. Entretanto, há que se pensar sempre na questão colocada por Sócrates, quando os gregos estavam delineando as bases sobre as quais as sociedades futuras construiriam suas vidas e suas leis: “Quem vigia os vigilantes?”. Eles também têm contas a prestar, sobretudo a eles mesmos. E isto vale para os vigilantes desencarnados, também.
Enfim, um grande e revelador satori se faria necessário para que a humanidade reencontrasse alguns valores dos tempos de sua Era de Ouro, quando tudo que precisávamos, segundo Jim Morrison, era de “grandes e douradas cópulas”. Entretanto, foi a falta de cuidado com este princípio que nos levou às superpopulações, super-poluição e super-desestruturação de nosso modo de ser e viver. Quer dizer, muitos princípios básicos têm de ser revistos.
Para isso, é necessário caminharmos de olhos bem abertos.
HOMEM, MOCHILA, IDÉIAS
Não!
É mais uma retirada estratégica. Eu, mim, meu, minha mochila de lona e uma máquina de escrever portátil. Algumas camisetas, dois agasalhos, uma bota surrada. O pior quarto no mais baixo dos hotéis. Assim é mais fácil ‘dar no pé’ quando for preciso…
Não!
Os tempos são outros. Eu, mim, meu e tudo o mais ali em cima, minus a máquina de escrever portátil, plus um laptop não é viável. A era da informática tornou a forma burroughsiana de viver e escrever very expensive mister! E como é que eu fico nessa?
Não!
Não a Tanger, não à Interzona, não à Villa Muniria e, principalmente, não a 9, rue Git le Coeur, Paris, o famoso Beat Hotel. Eu ‘tô duro’ porra, como é que vou chegar a todos estes lugares só com as coisas ali em cima e ninguna plata en los bolsillos?
Hey mister…you need the job? Eh…! Eu também preciso…
Sim!
Vou dar um jeito de juntar todas as pontas soltas. Vou encontrar uma maneira de chegar lá! (O Metrô era todo branco e eu embarquei no último trem. As coisas não pareciam ir de todo mal…).
(Márcio Salerno)
OS GRANDES ANTIGOS
Imagine que “…em sua morada em R´lyeh, o morto Cthulhu aguarda sonhando…pois não há morto que fique em repouso eterno e, com imensa idade, até a morte pode morrer”.
Quem escreveu estas palavras foi um escritor americano de histórias de horror chamado H. P. Lovecraft, que morreu aos 47 anos, em 1937, praticamente na miséria, sem saber que, muitos anos mais tarde, seu trabalho se tornaria cult e seria adaptado para o cinema, a TV e os quadrinhos, fora outros escritores que tentam imitar o estilo lovecraftiano até hoje, mas sem lá muito sucesso.
Lovecraft sempre esteve muito atento aos sonhos e às mensagens que estes podem trazer. Seguindo por uma vereda um tanto quanto mais luminosa, ou seja, longe dos pesadelos e das trevas deste autor, o antropólogo britânico Kilton Stewart, na década de 30 do século passado, passou um tempo junto com os Senoi, uma tribo da Malásia que, até hoje, não conhece conflitos ou guerras.
Por que?
Por causa dos sonhos. Segundo as conclusões de Stewart, as famílias se reuniam no café da manhã e falavam sobre o que sonharam na noite anterior, vendo o que de importante para o dia-a-dia da tribo poderia sair dali. O trompetista americano Jon Hassell, junto com Brian Eno, gravou um álbum interessante baseado nestas teorias, chamado Dream Theory in Malaya.
Mas, vamos voltar a Lovecraft: “Frequentemente imagino se a humanidade algum dia parou para refletir sobre o significado ocasionalmente titânico dos sonhos e do obscuro mundo a que pertencem”. O poeta francês Charles Baudelaire também costumava sofrer com os sonhos. Segundo ele, só mesmo a ignorância humana pode fazer com que nos entreguemos às paisagens oníricas todas as noites, mesmo que, muitas vezes, não nos lembremos disto.
Segundo Lovecraft, os Grandes Antigos, uma raça que veio das estrelas, já dominou a Terra e, hoje, aguarda apenas que sonhemos o suficiente com eles para garantir sua volta. Junto com eles, os Outros Deuses, aqueles a quem até mesmo os maiores deuses que conhecemos hoje têm de se curvar, aguardam a mesma coisa.
Adormecido na cidade submersa de R´lyeh, o morto Cthulhu, o grande sacerdote dos Antigos, aguarda dormindo. Cthulhu fthagn! (Cthulhu sonha…).
Enquanto ele (e nós) fthagn, tudo estará bem. O problema, afirmava Lovecraft, é quando Cthulhu despertar…
É… muito bem…!
Ler Lovecraft é um alívio e tanto para as dores do mundo real que, me desculpe o mestre do indizível, do inominável, do imensurável… é bem pior do que ter pesadelos, todas as noites, com as mais terríveis potestades do lado de lá da terceira dimensão. Porque, do lado de cá, o pesadelo é à luz do dia, quando estamos despertos, o tempo todo, sem descanso e sem perdão, nas páginas dos jornais, na telinha da TV, naquele maldito paralelepípedo mal colocado no qual você tropeçou esta manhã e machucou o dedão do pé direito, naqueles choferes que deixam você correr atrás do ônibus e, quando está quase chegando, arrancam e vão embora.
Tudo isso é bem pior que o mundo particular de Lovecraft. Se perder no vazio, em busca da desconhecida Kadath, pelo menos vai dar um sentido à sua vida. Ficar do lado de cá, trabalhando até cair de maduro, sem conseguir uma aposentadoria decente, se é que a aposentadoria vai continuar a existir, no futuro, é um pensamento bem mais terrificante.
Deixei Lovecraft de lado uma noite dessas e comecei a ler The Beach, o livro que deu origem ao filme de Danny Boyle estrelado por Leonardo Di Caprio. Num dado momento, uma coisa engraçada aconteceu, que não estava no filme. Três pescadores pegaram uma squid (eu li o livro em inglês) e levaram-na para o povo que se escondeu da civilização em uma praia nos mares do Sul comer. Todo mundo passou mal, com ‘piriri’ e vômitos que duraram toda uma noite.
A squid estava morta, mas os mergulhadores não perceberam isso. Os ‘caras’ comeram peixe estragado. Mas a correlação entre a tal squid e certas coisas que acontecem em nosso país não saíram de minha cabeça, após ler esta passagem fictícia. (Vá lá no seu dicionário de inglês, consulte o significado da palavra squid e você vai entender porque…).
Bão…! Para mim, meu ‘chapa’, quem está coberto de razão é Mr. Howard Phillips Lovecraft, que ‘puxou o carro’ aos 47 (e já deve ter ‘puxado’ tarde!) e, atualmente, deve estar desbravando as ruas oníricas de Kadath, se esgueirando em suas esquinas mal iluminadas para fugir do morto Cthulhu, aquele que aguarda sonhando, às vezes cruzando as catacumbas locais, aprisionado com os faraós de lá, às vezes voando montado em um Shoggoth, mas sempre recluso, sempre nômade, mesmo sabendo que a procura de Iranon por ele mesmo só fez este perceber que a vida tinha passado, e havia muito…
E nós, que aqui aguardamos uma luz no fim do túnel?
Bem, em plena madrugada, cercado pelo silêncio, eu costumo lembrar que… os Grandes Antigos… os Outros Deuses… (Eles são). Invoque-os nas trevas, em meio à solidão. (Eles virão…).
(Márcio Salerno) |
PAPE SATAN…ALEPPE!
Então é chegada a hora da separação
corpo e alma
animus & anima
carne, sangue & ossos
cada qual seguindo sua direção
específica
As águas correm para baixo, nunca para cima;
naquela direção, o esforço tem de ser
triplicado
as águas correm, os fantasmas chamam,
anjos & demônios batalham,
a voz do Senhor conclama
o Paraíso se perdeu, o caminho desvaneceu
para cima, todos para cima,
esse é o caminho, segui por ele!
mas como subir se não há mais
uma estrada para nos guiar?
Melhor esperar, calma, vamos estudar
esse problema, devagar com o andor
é esse meu lema
quem sabe, quem sabe o caminho para baixo
não seja melhor?
afinal, Javé deve ter tido suas razões
para lá enviar
as melhores cabeças de seu reino
sim, vamos descer; vamos descer
para onde a noite é eterna (dizem)
para onde os prazeres nunca cessam (será?)
para onde Lúcifer, em meio às suas
milhares de concubinas
traça planos para um amanhã que nunca chega
para baixo, pessoal! Venham comigo
eu lhes mostrarei; sim, eu conheço o caminho
eu já estive lá antes. Venham, não temam!
não se apavorem, nem tremam,
eu conheço o caminho
confiem em mim…
pensem em Fausto, pensem em quanto
de sabedoria aquele homem retinha
em sua mente, e é lá que se encontra, agora,
sua alma; eu sei, encontrei-o lá
conversei com ele e Fausto me confessou
o que o levou a fazer sua escolha
Mas, que dizes, tens medo?
o Aqueronte…o Aqueronte?
e Caronte
acenando de suas margens, conclamando
que em seu barco adentremos e
para o primeiro círculo do Inferno sigamos?
sim, o Aqueronte…e Caronte
o barqueiro
ele é meu amigo, de longa data
não tema, eis aí um barco
que jamais irá a pique!
nós, sim, é que naufragamos; em meio a
todas aquelas mentiras que, desde a mais
tenra idade, em nossas mentes foram
inculcadas
é tarde, companheiros, é tarde para
lamentações
só resta seguir em frente, ver
onde tudo isso vai acabar.
Sim, tomem minha mão, eu os guiarei
eu serei para vocês Virgílio, proibido
de o Paraíso adentrar, só porque, durante
seu tempo de vida, não teve a dádiva de
conhecer a fé verdadeira!
e sabem o que aconteceu? Ora, ele simplesmente
morreu bem antes d’Aquele a quem devemos
obediência chegar a esta mesma Terra que, agora,
estamos deixando. Por isso, está para sempre
condenado a habitar o Limbo tedioso, alquebrado,
derrotado
mesmo aquele para quem serviu de guia,
com a maior boa vontade,
não lhe permitiu acompanhá-lo lá para cima
para aquela luminosidade etérea que podemos
distinguir daqui de baixo e que, segundo consta,
a tudo e a todos ilumina
ou deveria!
Entretanto, como bem podem notar,
senhoras & senhores,
ela não está nos iluminando agora
resignem-se, afinal, eu e você, nós,
não fomos merecedores
somos pecadores
fornicadores e atores
sim, atores, tudo aquilo que passou
não foi mais que uma peça encenada
antes mesmo de nossa encarnação pensada
e por nossos corpos cansados labutada
Sim, senhoras & senhores,
só têm a mim para guiá-los, agora
se já estive aqui antes?
oh! sim, muitas vezes!
eu já estava aqui quando os anjos caíram
ou melhor, foram aqui jogados para dentro desse abismo sem fim
olhem à sua direita, senhoras & senhores, lá está
Uriel, a quem foi confiada
a guarda eterna a esses lúgubres portões
ele cumpriu sua tarefa durante muito e
muito tempo mas, agora,
já não se importa
portanto, sim, podemos passar, o caminho
está livre
Caronte nos conduzirá a todos
mas, se alguém quiser seguir por conta própria
saboreando cada etapa do longo caminho
tudo bem, pode ir
estamos na terra do faça o que quiser, ninguém
lhes imporá regras e comportamentos, tudo isso
é coisa do passado
Só uma coisa eu lhes peço, por favor
não povoem o Inferno com todas aquelas pessoas
de quem vocês não gostam, alguém já fez isso antes,
é muito démodé!
não pode andar, senhora? Varizes?
não tem problema, voe! Experimente, vá!
aqui tudo e todos voam; aqui
variados murmúrios infelizes ecoam
ainda com medo, senhor? Não, não tenha
pode ir em frente, que atrás vem gente!
Como, não me querem como guia?
não lhes sou simpático?
não pareço confiável?
ora, eu deveria me sentir magoado, mas…
tudo bem
eu os deixarei aqui, então,
pois é firme a mão
d’Aquele a quem confiados estão
o Aqueronte? Claro, por que não?
sigam em frente, pisem este chão
depositem sua confiança em Caronte e seu fiel cão
Cérbero, aquele de três cabeças; vão!
não olhem para trás, é tudo em vão!
não agradeçam, não apertem minha mão
se me preocupo, o mínimo que seja, com seu quinhão?
mil vezes, não!
MR. BRADLEY/MR. MARTIN…
…ainda segurando as pontas por aí…
O subterrâneo está cheio de baratas, ratos e seres humanos.
Responda rápido: qual espécie é a mais perigosa para o planeta?
Um extermínio fluorídrico é melhor que aquele que usa fumaça.
(Cara, você devia ter visto como eles chutaram Edgar Allan Poe para escanteio…!)
Éramos dois caminhando pelo underground, mas cheguei ao fim do túnel só.
E daí? Antes só que mal acompanhado…
Mr. Bradley/Mr. Martin está por aí e é perigoso. Não se deve brincar com lobisomens.
Vampiros são cool, até pela própria condição. Vampiros são, basicamente, intelectuais que aprenderam que se alimentar de sangue prolonga a vida até o infinito.
Lobisomens têm sangue quente. Lobisomens não são intelectuais e não se contentam apenas em beber o sangue de suas vítimas, nem as transformam em outros lobisomens, como os vampiros fazem.
Digamos que lobisomens não são democratas.
Bem, pelo menos eles não se candidatam a cargos políticos.
(Eu acho!)
Márcio Salerno) |
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